sábado, 22 de julho de 2006

A magnífica idéia de Deus

Penso que o pior tipo de solidão é aquela que nós sentimos, mesmo estando em meio a muita gente. É muito curioso saber que é no meio de muita gente que a solidão se manifesta de maneira mais freqüente. Nosso povo é bastante conhecido pelo mundo afora por ser uma gente sociável, cordial, amistosa, enfim por gostar de ter a companhia de outras pessoas. Mas mesmo assim, encontramos nas grandes cidades brasileiras milhões de pessoas totalmente solitárias. Os carros têm vidro escurecido, as portas têm trancas e mais trancas, as janelas têm grades e os muros concertinas*. E como não poderia deixar de ser, num caso desses, os espíritos possuem armaduras das mais resistentes.
O mundo de competição onde vivemos gera uma insegurança tal que nós vemos obrigados a desconfiar de quem quer que seja, a não dar atenção pra muita gente, mesmo que para uma informação; em nome da segurança e da praticidade preferimos ficar em casa, assistindo a um “bom filme”, em vez de sair, ir a um clube ou algo que o valha, por exemplo. E assim, entre tantas pessoas que nos cercam em todos os lugares por onde passamos é extremamente difícil nos sentirmos notados. O resultado disso? Tanta solidão, tanto desajuste e deslocamento!
Isso não é privilégio dos tempos modernos ou contemporâneos, como preferirem. Hoje as coisas só se mostram de maneira mais evidente, mas o problema é antigo e universal. Todo mundo, em todo tempo e em todo lugar já sofreu de solidão; e ouso dizer que muitos até chegaram a falecer em decorrência dela. Para se ter uma idéia, já nos tempos bíblicos, o Rei Davi, compunha músicas que diziam: “Deus faz que o solitário viva em família” (Salmo 68:6).
Há uma frase de Leon Tolstoi, quando começa a obra intitulada Ana Karenina, dizendo que “todas as famílias felizes são iguais; as tristes, são tristes cada uma à sua maneira”.
Não sei qual o seu conceito de família, tampouco sua experiência sobre felicidade ou tristeza em família, mas, se levarmos em conta a canção do Rei Davi, poderemos entender que na mente de Deus a idéia de família contrasta com a idéia de solidão. Assim sendo, a solução para o mal que atormenta milhões de pessoas pelo planeta afora é família. E creio que Deus Se incumbe de providenciar isso para as pessoas. Uma família onde sejamos capazes de ser um sumidouro para muitos complexos de desajustamento e para todo tipo de dor de solidão.
*É uma rede de arame farpado usada na proteção acessória de fortificações.

3 comentários:

Ryan Chapman disse...

Bem dito. Sei na minha vida e verdade que as solucoes a todas as dificuldades se achem na familia. Certimente e a sabedoria de Deus que nos chegamos em uma familia.

Anônimo disse...

Ei Dirceu..
Curti seu blog...
Vou visitar mais vezes!
Bj

Textos Motivacionais disse...

Bom, apesar de nao ter entendido o título, "viver não é preciso", gostei muito do conteúdo. Também acho que família é tudo isto aí embora faça parte dos solitários e daqueles que infelismente não "herdaram" uma família perfeita. Mas é assim...cada um deve se contentar e amar a família que tem.
abração!