
Sempre gostei de observar pessoas. Acho fascinante! Podemos aprender muito observando o ser humano. Não estou falando sobre o exterior somente, mas o que me chama a atenção são as atitudes (ou ausência delas), o comportamento, as ações e reações diante do inusitado, daquilo que contraria e por aí vai.
Observar pessoas nos coloca à mercê de outros olhares. E como já disse antes, não é muito confortável se colocar à mostra. Mas há um outro risco e quero falar dele hoje. Quando paramos pra ver como as pessoas agem, vivem e se comportam, também vemos como somos frágeis diante das situações da vida.
Você, com certeza, já parou pra olhar uma teia de aranha. É impressionante como um inseto tão pequeno produz algo tão extraordinário. O diâmetro médio de um fio de seda em uma teia de aranha esférica é de cerca de 0,15µm. Graças à reflexão da luz do sol no fio somos capazes de ver a teia, pois o olho humano, a uma distância de 10 cm, só consegue detectar objetos com um diâmetro de 25 µm. Uma das características extraordinárias da seda da aranha é sua resistência. Um fio de seda de aranha com uma espessura mínima seria capaz de parar um besouro voando com velocidade plena. Se o fio tivesse a espessura de um lápis seria capaz de fazer parar um Boeing 747 em pleno vôo. Esses fios são não apenas fortes, como também elásticos. Um fio comum de seda de aranha é capaz de estender-se por até 70 km, sem se quebrar sob seu próprio peso! E pode ser esticado até 30 ou 40% de seu comprimento, sem se quebrar, enquanto o nylon suporta apenas 20% de estiramento.
Há muitos outros exemplos que poderiam ser citados de pequenas coisas que são imensamente mais resistentes que nós humanos. Mesmo assim, parece que não nos damos conta de nossa pequenez.
Esta semana recebi em meu escritório uma amiga - uma pessoa muito querida que trabalha comigo. Quando nos conhecemos, era o primeiro dia de trabalho e estávamos muito ansiosos pelo que nos esperava naquele local.
Durante os meses que se passaram, apesar de trabalharmos em setores diferentes, exercendo funções bem distintas, não podia deixar de observar sua forma de tratar as pessoas, de agir diante de crises. E sempre a via agitada, correndo de um lado para outro, na maioria das vezes literalmente, buscando soluções e sempre solícita para com os outros colegas. Seu ombro, do tamanho do mundo, era um bom abrigo nos momentos de angústia de muitos de nós.
Há alguns meses ela começou a sentir uma dor de cabeça que insistia em não ir embora. Aconselhamos a procurar um médico, mas ela dizia que não era nada e que iria assim que saísse de férias. Houve um dia, porém, que ela não suportou mais e procurou o pronto atendimento de um hospital conveniado conosco. Para surpresa de todos nós ela havia sofrido um AVC - Acidente Vascular Cerebral e os médicos não entendiam como ela pode sobreviver e, segundo eles, sem seqüela alguma. Os meses que se seguiram foram de recuperação no hospital e logo após ela foi para casa. Todos estávamos agora confiantes de que em breve ela retornaria ao nosso convívio.
Ontem, quando a recebi em minha sala, vi uma mulher sendo amparada pela irmã de um lado e pelo pai de outro. Sua memória estava intacta, mas seus movimentos e sua fala, totalmente comprometidos.
Eu me perguntei, como pode alguém sair pra uma consulta médica, caminhando com vigor e firmeza e voltar sendo praticamente carregada? Como uma pessoa sai falando (e muito, se me permitem a brincadeira) e retorna tendo dificuldade expressar simples palavras como “estou com saudade”, “sinto falta de vocês”?
Ontem eu olhei pra mim e vi que não sou diferente dela. Nenhum de nós o é. Somos seres altamente sofisticados como organismo humano; somos complexos ao extremo como entidades vivas, como mentes pensantes, mas somos, ao mesmo tempo, TOTALMENTE FRÁGEIS diante das vicissitudes da vida. Não temos controle sobre nosso futuro; não temos poder algum diante do inesperado. O próprio Cristo, quando andou por aqui, deixou um recadinho pra nós - “Não andem ansiosos pelo que vão comer, beber ou vestir... Basta a cada dia seu próprio mal”. Devemos nos preocupar com o que realmente importa - VIVER!
Creio que a vida deve ser encarada de forma bastante especial por todos nós.
Uma pessoa muito querida me disse outro dia que aprendeu, há pouco tempo, extrair o que a vida tem de melhor, aproveitando cada momento de forma única.
Eu não sei o que isso pode significar pra você, mas concordo com ela. Devemos buscar os momentos da vida de maneira única, extraindo o máximo, com simplicidade.
É o melhor que podemos fazer diante da nossa fragilidade humana.
Observar pessoas nos coloca à mercê de outros olhares. E como já disse antes, não é muito confortável se colocar à mostra. Mas há um outro risco e quero falar dele hoje. Quando paramos pra ver como as pessoas agem, vivem e se comportam, também vemos como somos frágeis diante das situações da vida.
Você, com certeza, já parou pra olhar uma teia de aranha. É impressionante como um inseto tão pequeno produz algo tão extraordinário. O diâmetro médio de um fio de seda em uma teia de aranha esférica é de cerca de 0,15µm. Graças à reflexão da luz do sol no fio somos capazes de ver a teia, pois o olho humano, a uma distância de 10 cm, só consegue detectar objetos com um diâmetro de 25 µm. Uma das características extraordinárias da seda da aranha é sua resistência. Um fio de seda de aranha com uma espessura mínima seria capaz de parar um besouro voando com velocidade plena. Se o fio tivesse a espessura de um lápis seria capaz de fazer parar um Boeing 747 em pleno vôo. Esses fios são não apenas fortes, como também elásticos. Um fio comum de seda de aranha é capaz de estender-se por até 70 km, sem se quebrar sob seu próprio peso! E pode ser esticado até 30 ou 40% de seu comprimento, sem se quebrar, enquanto o nylon suporta apenas 20% de estiramento.
Há muitos outros exemplos que poderiam ser citados de pequenas coisas que são imensamente mais resistentes que nós humanos. Mesmo assim, parece que não nos damos conta de nossa pequenez.
Esta semana recebi em meu escritório uma amiga - uma pessoa muito querida que trabalha comigo. Quando nos conhecemos, era o primeiro dia de trabalho e estávamos muito ansiosos pelo que nos esperava naquele local.
Durante os meses que se passaram, apesar de trabalharmos em setores diferentes, exercendo funções bem distintas, não podia deixar de observar sua forma de tratar as pessoas, de agir diante de crises. E sempre a via agitada, correndo de um lado para outro, na maioria das vezes literalmente, buscando soluções e sempre solícita para com os outros colegas. Seu ombro, do tamanho do mundo, era um bom abrigo nos momentos de angústia de muitos de nós.
Há alguns meses ela começou a sentir uma dor de cabeça que insistia em não ir embora. Aconselhamos a procurar um médico, mas ela dizia que não era nada e que iria assim que saísse de férias. Houve um dia, porém, que ela não suportou mais e procurou o pronto atendimento de um hospital conveniado conosco. Para surpresa de todos nós ela havia sofrido um AVC - Acidente Vascular Cerebral e os médicos não entendiam como ela pode sobreviver e, segundo eles, sem seqüela alguma. Os meses que se seguiram foram de recuperação no hospital e logo após ela foi para casa. Todos estávamos agora confiantes de que em breve ela retornaria ao nosso convívio.
Ontem, quando a recebi em minha sala, vi uma mulher sendo amparada pela irmã de um lado e pelo pai de outro. Sua memória estava intacta, mas seus movimentos e sua fala, totalmente comprometidos.
Eu me perguntei, como pode alguém sair pra uma consulta médica, caminhando com vigor e firmeza e voltar sendo praticamente carregada? Como uma pessoa sai falando (e muito, se me permitem a brincadeira) e retorna tendo dificuldade expressar simples palavras como “estou com saudade”, “sinto falta de vocês”?
Ontem eu olhei pra mim e vi que não sou diferente dela. Nenhum de nós o é. Somos seres altamente sofisticados como organismo humano; somos complexos ao extremo como entidades vivas, como mentes pensantes, mas somos, ao mesmo tempo, TOTALMENTE FRÁGEIS diante das vicissitudes da vida. Não temos controle sobre nosso futuro; não temos poder algum diante do inesperado. O próprio Cristo, quando andou por aqui, deixou um recadinho pra nós - “Não andem ansiosos pelo que vão comer, beber ou vestir... Basta a cada dia seu próprio mal”. Devemos nos preocupar com o que realmente importa - VIVER!
Creio que a vida deve ser encarada de forma bastante especial por todos nós.
Uma pessoa muito querida me disse outro dia que aprendeu, há pouco tempo, extrair o que a vida tem de melhor, aproveitando cada momento de forma única.
Eu não sei o que isso pode significar pra você, mas concordo com ela. Devemos buscar os momentos da vida de maneira única, extraindo o máximo, com simplicidade.
É o melhor que podemos fazer diante da nossa fragilidade humana.
Um comentário:
Esse texto é tocante. Faz refletir. Quanta verdade, meu Deus! A gente tem que mudar muitas atitudes, pra não ser boçal. (A imagem ficou perfeita.)
Seu blog tá muito bom. Você sabe - bem! - expressar sua sensibilidade nos seus textos.
Beijo carinhoso.
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